Crise, o que é?
Crise vem do grego krisis, acção de separar, de romper, que também originou a ideia de crítica, a atitude individual, ou subjectiva, de separação, mais próxima daquilo que se entende por julgamento. Em qualquer circunstância, a crise aparece sempre disfarçada de crítica, porque o julgamento tem sempre tendência para ser polémica, guerra (polemos), luta pela existência e, consequentemente, luta pelo poder.
Crise, em sentido etimológico, tem, assim, a ver com um juízo, entendido como decisão final de um processo, num sentido mais amplo do que aquele que tem sido adoptado pela medicina e pela ciência da estratégia, as quais concebem a ideia de crise restritivamente, como aquele momento de viragem em que ocorre a decisão fundamental sobre a vida ou a morte, ou sobre a vitória ou a derrota.
Assim, também não subscrevemos a perspectiva positivista de Saint Simon e de Comte, para quem as épocas críticas se oporiam às épocas orgânicas, isto é, àquelas que assentam num sistema de crenças bem estabelecidas e que se desenvolvem de acordo com uma hierarquia sistémica. Preferimos seguir Pierre Bayle e falar na necessidade de restaurarmos o esprit critique, considerando que o obstáculo ao bom exame não vem tanto do facto do espírito estar vazio mas da circunstância dele estar cheio de preconceitos.
Crise, em sentido etimológico, tem, assim, a ver com um juízo, entendido como decisão final de um processo, num sentido mais amplo do que aquele que tem sido adoptado pela medicina e pela ciência da estratégia, as quais concebem a ideia de crise restritivamente, como aquele momento de viragem em que ocorre a decisão fundamental sobre a vida ou a morte, ou sobre a vitória ou a derrota.
Assim, também não subscrevemos a perspectiva positivista de Saint Simon e de Comte, para quem as épocas críticas se oporiam às épocas orgânicas, isto é, àquelas que assentam num sistema de crenças bem estabelecidas e que se desenvolvem de acordo com uma hierarquia sistémica. Preferimos seguir Pierre Bayle e falar na necessidade de restaurarmos o esprit critique, considerando que o obstáculo ao bom exame não vem tanto do facto do espírito estar vazio mas da circunstância dele estar cheio de preconceitos.
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