Confiança, o que é?
Confiança, etimologicamente, mistura reciprocidade e fides, fé, porque tem a ver com a segurança íntima com que se procede. Equivale ao inglês, trust, o entregar alguma coisa ao cuidado de outrem. Neste sentido, o poder político depende mais da confiança na união comunitária do que da força. Aliás, desde a Idade Média, se considera que a transferência de poder da comunidade para o principado é uma mera concessio, dado que apenas se transmite um simples officium publicum e um usus. Porque o povo é mais do que o aparelho de poder, tendo o direito de legislar e o poder de retomar sempre o poder supremo.
Segundo as ideias de Talcott Parsons, o poder político tem mais valor de troca do que valor de uso, dado ser uma troca baseada na confiança, até porque a política, tal como a moeda, não passa de uma simbolização da força, é a capacidade de se conseguir que as unidades pertencentes a uma determinada forma sistémica cumpram as funções que lhes cabem.
Com efeito, a autoridade surge da confiança e desenvolve-se através do prestígio. Como também assinala Pierre Bourdieu, todo o poder tende a ser um poder que aquele que lhe está sujeito dá àquele que o exerce através de um crédito com que ele o credita, uma “fides”, uma “auctoritas”, que ele lhe confia pondo nele a sua confiança, pelo que o homem político retira a sua força política da confiança que o grupo põe nele. Retira o seu poder propriamente mágico sobre o grupo da fé na representação que ele dá ao grupo e que é uma representação do próprio grupo e da sua relação com outros grupos.
Segundo as ideias de Talcott Parsons, o poder político tem mais valor de troca do que valor de uso, dado ser uma troca baseada na confiança, até porque a política, tal como a moeda, não passa de uma simbolização da força, é a capacidade de se conseguir que as unidades pertencentes a uma determinada forma sistémica cumpram as funções que lhes cabem.
Com efeito, a autoridade surge da confiança e desenvolve-se através do prestígio. Como também assinala Pierre Bourdieu, todo o poder tende a ser um poder que aquele que lhe está sujeito dá àquele que o exerce através de um crédito com que ele o credita, uma “fides”, uma “auctoritas”, que ele lhe confia pondo nele a sua confiança, pelo que o homem político retira a sua força política da confiança que o grupo põe nele. Retira o seu poder propriamente mágico sobre o grupo da fé na representação que ele dá ao grupo e que é uma representação do próprio grupo e da sua relação com outros grupos.
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